Foi um suspiro que deu início aquela noite sem fim. As palavras começaram meio que sem interresse, sendo o corriqueiro o principal ator naquele momento. Eram duas pessoas normais que conversavam de seus problemas. E seus problemas eram aquilo que as aproximava.
A pauta era óbvia: relacionamentos. Com pouca idade e muitos sonhos, esse tema acaba por permear sempre inúmeras conversas. É uma fala o que se acha, e um que senti o que não viveu. Mas é bom, em meio as pérolas, sempre tem uma que brilha.
Foram horas que se passaram, e as mais diferentes visões sobre um mesmo fato emergiram como se fossem resoluções únicas e inéditas. A conversam fluía de forma agradável e com uma espontaneidade harmônica.
Passadas cinco horas, ficou claro que deveriam descansar. A sobriedade já havia os deixado há muito tempo e a empolgação era inversa à necessidade acordar.
Estavam sorrindo. Eles não haviam resolvido nenhum de seus problemas, mas estavam mais leves, pois o compartilhamento do inatingível gera sempre uma amenização da frustração.
Conversaram sobre desejos toda a noite, mesmo sem saber disso.
_Boa noite! Foi muito bom conversar com você.
_Boa dia! Durma bem.
1 comentários:
Conversas que atravessam horas sobre temas aparentemente sem nenhuma lógica é, geralmente, de onde surgem as melhores conclusões para a vida. Adoro e pratico sempre!
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